A emigração regressou à ordem do dia. Antes do 25 de Abril, os portugueses emigravam porque eram perseguidos economica e politicamente. A guerra colonial era um fenómeno incontornável. Contudo, a pobreza foi o motivo fundamental que jsutificou o fluxo emigratório, como foi aliás aconteceu ao longo da história portuguesa.
Destinados a empobrecer. Definida uma estratégia nacional assente no ajustamento, resta a emigração. Para os jovens, para os menos jovens, para aqueles que não são jovens.
Sim, a emigração é uma oportunidade. Uma oportunidade para quem não tem oportunidades dentro do país. Um desafio a quem o país não oferece alternativas.
A situação actual conta-se em poucas palavras: os políticos conduzem políticas económicas contraccionistas que se supõe serem virtuosas. O desemprego é inevitável e, de alguma forma, desejável. Os desempregados aumentam em número e o subsídio de desemprego pesa no orçamento de estado, agravando a despesa e o desequilíbrio das contas públicas.
Se os desempregados emigrarem ganhamos todos: os desempregadados, que encontram em emprego e auto-estima, os empregados, que deixam de ter a concorrência dos desempregados, o governo que terá menos despesa a pesar no défice, as forças de segurança, que têm menos em quem bater, os estudantes, que passam a ter um sonho para viver, os médicos que terão menos pessoas para tratar, etc, etc.
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