A perfeição é a qualidade do que é perfeito. Um cidadão perfeito é aquele
que pratica uma cidadania perfeita.
Para aqueles que estão acorrentados na caverna da alegoria platónica a
cidadania é uma imagem distorcida que não se assemelha à ideia perfeita da
cidadania.
A visão platónica do conhecimento é, contudo, positiva: os habitantes podem
sair da caverna percorrendo o caminho árduo da adaptação progressiva à luz
exterior e podem regressar de novo à caverna para explicar a verdadeira
realidade, expondo-se à incompreensão daqueles que nunca de lá saíram.
Não sendo nenhum de nós, pobres habitantes da caverna, cidadãos perfeitos,
existe uma expectativa da sociedade para que pratiquemos atos de cidadania perfeitos
ou que se aproximem continuamente da perfeição.
Existem políticos que afirmam não serem cidadãos perfeitos. Ao fazerem esta
afirmação assumem que estão no interior da caverna mas que reconhecem a
imperfeição do que estão a contemplar. A partir deste ponto espera-se que esses
políticos iniciem um processo de ascensão para o mundo da luz e que existam
transformações nas suas atitudes e propostas.
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