A Irlanda comunicou às entidades que constituem a troica a sua decisão de não recorrer a um programa cautelar após o fim do seu programa de ajustamento económico e financeiro (e, por maioria de razão, de um novo resgate) em dezembro deste ano.
A Irlanda é o verdadeiro bom aluno da troica. O eurogrupo pode afirmar sem hesitação que os programas delineados para resgatar os países relapsos têm sucesso, desde que cumpram as regras do ajustamento.
A Irlanda tem condições financeiras para financiar a sua dívida pública, de forma autónoma, nos mercados. As yields irlandesas baixaram de forma significativa e afastaram-se das portuguesas e, por maioria de razão, das gregas.
Além do mais, a Irlanda tem liquidez para 2014 e, como qualquer programa cautelar tem a duração de 1 ano, não existe qualquer vantagem em aderir a uma linha de crédito que não seria utilizada.
Portugal não pode, nem deve ser comparado. O problema das suas finanças tem origem e características diferentes. Além disso, as forças políticas portugueses não querem garantir a independência e a liberdade. Julgo mesmo que consideram tratar-se de conceitos absurdos, porque fora de moda.
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