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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A posição e a ausência de posição

A História vai registar que a sociedade portuguesa está a discutir, no ano de 2013, a reforma do Estado: 

  1. O governo, através da proposta objectiva para cortar cerca de 4 mil milhões de euros ao orçamento, nas denominadas despesas sociais;
  2. A oposição, através da recusa em discutir no parlamento esta proposta de reforma-corte;
  3. Os comentadores e analistas dos jornais, das televisões e rádios e dos blogues comentando a metodologia adoptada por a) e b) e avançando ideias retiradas do grande pote das ideias consensuais;
  4. Alguns estudiosos publicam opúsculos sobre o assunto e, em seguida, dão entrevistas;
  5. Os trabalhadores assustam-se, os desempregados desinteressam-se. As centrais sindicais não têm propostas concretas;
  6. Os patrões concordam desde que a reforma do Estado os venha a beneficiar do ponto de vista fiscal;
  7. As organizações de solidariedade social até podem vir a beneficiar e, por isso, preferem esperar;
Todos estão a contribuir para a discussão da reforma do Estado, a diferença é que uns têm uma posição e os outros uma ausência de posição. 

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