Portugal regressou a mercado com uma emissão de dívida a 5 anos a uma taxa razoável para um país resgatado. A procura superou em seis vezes a oferta de títulos. Hoje também ficamos a saber que o défice do estado referente a 2012 ficou em 4,6%. Ontem, o governo anunciou que tinha pedido ao Eurogrupo uma alteração das condições de financiamento proporcionadas pela troika. São boas notícias? Decididamente, são boas notícias. Vão traduzir-se de forma imediata na economia e, por consequência, na vida dos portugueses? Não. Estes resultados podem ser favoráveis a médio prazo (a a 3 anos)? Sim, mas não como nós estamos a imaginar.
Não vai haver mais emprego nem menor emigração. Os salários vão continuar a descer. A classe média continuará a fenecer. O estado ficará menos social. A sociedade mais injusta. Os investidores terão mais confiança na nossa economia, que estará mais dependente da Europa e da Comissão.
Mas tinhamos alternativa? ou, dizendo de outra forma, o trilho de saída poderia ter incluído passos diferentes ou esses passos poderiam ter sido alinhados com um cronograma diferente? Sejamos rigorosos, Portugal fez o que lhe mandaram fazer. Foi a melhor solução para o euro e para os países do Norte da Europa. E pode ser que seja o melhor para nós. Vamos sobreviver como país: de joelhos e pobres, mas vivos.
Não vai haver mais emprego nem menor emigração. Os salários vão continuar a descer. A classe média continuará a fenecer. O estado ficará menos social. A sociedade mais injusta. Os investidores terão mais confiança na nossa economia, que estará mais dependente da Europa e da Comissão.
Mas tinhamos alternativa? ou, dizendo de outra forma, o trilho de saída poderia ter incluído passos diferentes ou esses passos poderiam ter sido alinhados com um cronograma diferente? Sejamos rigorosos, Portugal fez o que lhe mandaram fazer. Foi a melhor solução para o euro e para os países do Norte da Europa. E pode ser que seja o melhor para nós. Vamos sobreviver como país: de joelhos e pobres, mas vivos.
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