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terça-feira, 12 de novembro de 2013

A independência de Angola

A 11 de Novembro de 1975 Portugal estava a viver, de forma intensa, o período revolucionário em curso (PREC). As forças políticas enfrentavam-se de forma clamorosa e a iminência de uma guerra civil pairava sobre a sociedade portuguesa.

O MPLA (movimento popular de libertação de Angola) proclamou a independência de Angola, em Luanda. No mesmo dia, a FNLA e a UNITA fizeram proclamações idênticas.

Todos os portugueses estavam a viver uma situação onírica. Parecia ser possível acreditar no futuro de Portugal e, também, no futuro dos países a que estavamos a conceder as independências.

Pelo sul do território angolano, as forças da UNITA apoiadas pela África do Sul procuravam atingir Luanda e destruir a possibilidade de existir um país livre em terras angolanas. E os portugueses progressistas apoiaram a resistência contra a invasão.

Com um pequeno transistor a pilhas esperava ansiosamente as últimas notícias da frente sul da guerra, dos avanços e dos recuos do MPLA (apoiado pelas forças cubanas) e das unidades de élite do exército sul-africano que enquadravam os guerrilheiros da UNITA. E lá, bem longe, também se lutava pelos ideais progressistas. Eram 12 anos de entusiasmo e compromisso.

Hoje, longe dos tempos difíceis, em Angola não podem ser postos em causa os fundamentos básicos da justiça social, da igualdade de oportunidades e da democracia.

  

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