Do ponto de vista político, uma crise traduz um momento em que os conflitos entre os grupos ou no interior dos grupos se tornam mais tensos. Deve acrescentar-se uma dimensão fundamental para o entendimento do fenómeno da "crise política": a imprevisibilidade. De facto, na situação de crise política, a imprevisibilidade na evolução da situação coloca em dúvida a resistência das instituições em resolver os conflitos.
No momento de crise política que vivemos em Portugal, avulta aquela que pode ser denominada a "crise da oposição". Parece paradoxal que se sublinhe a crise da oposição quando quem governa revela um défice congénito sobre o conhecimento da realidade nacional e europeia. Mas, na verdade, a crise mais relevante é a da oposição. O sistema político apresenta-se bloqueado e pantanoso devido à ausência de alternativas à esquerda dos partidos da maioria governamental.
O Partido Comunista e o Bloco de Esquerda têm contribuído, reconheça-se, para o enriquecimento do debate sobre a questão da dívida e dos défices: renegociação da dívida, saída eventual da zona euro. Este posicionamento apesar de pouco profundo a nível do detalhe, rompe com o círculo apertado da opção pelo ajustamento orientado pela troika e pelo memorandum.
O Partido Socialista quer renegociar o memorandum, sem renegociar o enquadramento macroeconómico e financeiro do ajustamento. A sociedade portuguesa duvida subliminarmente da alternativa política e ideológica apresentada pelo Partido Socialista. E esta limitação deita tudo a perder, constituindo uma das faces da actual crise política.
No momento de crise política que vivemos em Portugal, avulta aquela que pode ser denominada a "crise da oposição". Parece paradoxal que se sublinhe a crise da oposição quando quem governa revela um défice congénito sobre o conhecimento da realidade nacional e europeia. Mas, na verdade, a crise mais relevante é a da oposição. O sistema político apresenta-se bloqueado e pantanoso devido à ausência de alternativas à esquerda dos partidos da maioria governamental.
O Partido Comunista e o Bloco de Esquerda têm contribuído, reconheça-se, para o enriquecimento do debate sobre a questão da dívida e dos défices: renegociação da dívida, saída eventual da zona euro. Este posicionamento apesar de pouco profundo a nível do detalhe, rompe com o círculo apertado da opção pelo ajustamento orientado pela troika e pelo memorandum.
O Partido Socialista quer renegociar o memorandum, sem renegociar o enquadramento macroeconómico e financeiro do ajustamento. A sociedade portuguesa duvida subliminarmente da alternativa política e ideológica apresentada pelo Partido Socialista. E esta limitação deita tudo a perder, constituindo uma das faces da actual crise política.
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