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domingo, 20 de janeiro de 2013

O regresso a mercado

Dispersando a atenção por numerosos jornais, meios de comunicação audio-visuais e blogues, é possível concluir que são escassas as ideias e quase sempre introduzidas no contexto de uma reflexão frouxa.
Insiste o governo que o sucesso da sua política está a um "passo" de ser reconhecido internacionalmente e dentro de muros. Regressados ao mercado, o mesmo é dizer, sendo-nos permitido obter empréstimos por entidades privadas a médio e a longo-prazo para financiar o défice e a dívida do Estado, o programa de ajustamento será, obrigatoriamente, declarado um sucesso.

Passamos assim o rubicão e será possível continuarmos a engrossar a nossa dívida, com mais empréstimos para pagar os juros da dívida actual. Os juros cobrados continuarão a ser superiores à nossa taxa de crescimento do produto interno produto e, minudência das minudências, continuaremos a empobrecer.
Espera-se contudo, que o financiamento melhorado para a nossa economia permita a geração de riqueza num ritmo cada vez mais consistente e que, nas próximas décadas ou séculos, consigamos reduzir o nosso endividamento. Mas sempre sujeitos ao princípio básico do empobrecimento virtuoso.

E a história de Portugal ficará necessariamente enriquecida pela oportunidade que os políticos que nos governam nos dão, de escrevermos mais uma página trágica desta teoria económica que, de tão antiga se tornou nova no início deste milénio. E, glória das glórias, voltaremos a cumprir o nosso destino de país pobre e atrasado.


            
        

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