Não estou inclinado para discursar sobre significados, semânticas, semióticas ou obrigações sociológicas. Não se trata de uma tese ou do esboço para desenvolver posteriormente, uma tese.
Mas apetece-me comentar que a maior parte das prendas oferecidas nos aniversários não tem qualquer significado. São simbolicamente vazias e, na maior parte dos casos, exigem um esforço de concentração demasiado elevado para a conotação afectiva.
Lembro-me de discutir com uma amiga da faculdade a irrelevância dos aniversários e das prendas a eles ligadas.
Passou algum tempo e não alterei a minha convicção no essencial. Pode dizer-se que existe alguma limitação na minha imaginação. Talvez uma intolerância assumida perante o fenómeno social em questão. Tenho dificuldade em oferecer prendas de aniversário. Mais ainda, se os aniversariantes não estão dispostos a aceitar o jogo lúdico que esta atitude implica.
Para mim, uma prenda de aniversário não é uma prenda de aniversário. É antes, um sujeito de intenções. Por isso, a maior parte das prendas de aniversário não são verdadeiras prendas de aniversário.
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