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segunda-feira, 10 de março de 2008

As prendas dos dias de aniversário

Não estou inclinado para discursar sobre significados, semânticas, semióticas ou obrigações sociológicas. Não se trata de uma tese ou do esboço para desenvolver posteriormente, uma tese.
Mas apetece-me comentar que a maior parte das prendas oferecidas nos aniversários não tem qualquer significado. São simbolicamente vazias e, na maior parte dos casos, exigem um esforço de concentração demasiado elevado para a conotação afectiva.
Lembro-me de discutir com uma amiga da faculdade a irrelevância dos aniversários e das prendas a eles ligadas.
Passou algum tempo e não alterei a minha convicção no essencial. Pode dizer-se que existe alguma limitação na minha imaginação. Talvez uma intolerância assumida perante o fenómeno social em questão. Tenho dificuldade em oferecer prendas de aniversário. Mais ainda, se os aniversariantes não estão dispostos a aceitar o jogo lúdico que esta atitude implica.
Para mim, uma prenda de aniversário não é uma prenda de aniversário. É antes, um sujeito de intenções. Por isso, a maior parte das prendas de aniversário não são verdadeiras prendas de aniversário.

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