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quinta-feira, 7 de junho de 2012
A selecção nacional de futebol e o futuro
A selecção nacional irá participar, por direito próprio, no Campeonato da Europa de Futebol. Não espero grandes resultados e julgo que a discussão pública sobre o tema geral, sendo opressiva, é pobre. Ora vejamos alguns aspectos, que devem ser tomados em consideração:
1. A selecção portuguesa não fez uma boa fase de apuramento para este campeonato e atinge a final final depois de ultrapassar selecções nacionais teoricamente inferiores a Portugal e inferiores às selecções do grupo de Portugal. Logo não somos favoritos para passar à fase seguinte;
2. A selecção tem 1 ou 2 jogadores extraordinários. A maioria não teria lugar por direito próprio nas selecções da Holanda ou da Alemanha. Não faz, portanto, sentido incluir Portugal entre as equipas favoritas;
3. Não existe um conjunto de jogadores, maior ou menor, que joguem habitualmente em conjunto, de forma a que criem os automatismos de jogo que facilitam as opções tácticas;
4. A equipa de Portugal não tem um sistema táctico trabalhado de forma organizada nos últimos anos, pelo que não existe uma matriz integradora da atitude e da técnica de cada jogador;
5. A selecção portuguesa abdicou, premeditadamente ou por inépcia, de alguns jogadores de excepção, que foram substituídos por outros tecnicamente medianos;
6. A selecção não interpreta desta vez, ao contrário do que se passou em outros torneios, os desejos dos portugueses. Os portugueses têm outras preocupações: manter o emprego e sobreviver diariamente num país a empobrecer. Ora, a selecção é rica e é composta de jogadores muito ricos, cuja importância deriva do apoio popular.
Tudo isto resumido contribui para diminuir a solidariedade dos portugueses em relação à selecção nacional de futebol. Considero portanto, que a possibilidade de Portugal passar à fase seguinte depende da confluência de dois eventos, um aleatório, outro pouco provável: a sorte e a transfiguração de cada jogador e da equipa como um todo para enfrentarem a situação como se de uma questão de vida ou de morte se tratasse.
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