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domingo, 10 de junho de 2012
O 10 de Junho de 2012
Há um ano o 10 de Junho trouxe ao palco da política e da história portuguesa um novo grupo de dirigentes políticos. As eleições legislativas de Junho de 2011 colocaram no poder um governo liberal. As opções ideológicas assumidas ficaram em linha com o memorandum de entendimento assinado com a troika. Pode afirmar-se que a política portuguesa beneficiou de um processo de clarificação que trouxe para a disputa económica e social um corpo organizado de ideias e de trajectos síncronos?
Do ponto de vista moral e ético, esta corrente ideológica liberal não tem propostas, nem um sistema homogéneo de propostas. É liberal, ponto final.
No que diz respeito às questões económicas e sociais contudo, o sistema de orientação desta corrente, presente no Governo, é consistente organicamente:
1. O Estado deve retirar-se da economia e deixar que a iniciativa privada tome o comando do investimento e do emprego;
2. A dívida do Estado e do sector privado (incluindo dos bancos) deve ser reduzida de forma drástica e rápida, mesmo com prejuízo do emprego e do crescimento económico;
3. O custo do trabalho deve baixar de forma radical, de forma nominal e real, tendo como objectivo o aumento de competitividade;
4. A empregabilidade não é, em si, um objectivo. O aumento do emprego ocorrerá espontaneamente (ou não, não é relevante) após o ajustamento das contas públicas e a redução geral do endividamento das instituições. E apenas, no médio ou longo-prazo.
Em 10 de Junho de 2012, estamos muito mais conscientes sobre o futuro de Portugal a curto-prazo. Depende de nós o futuro de Portugal.
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