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domingo, 19 de agosto de 2007

Telemóveis

Ando à procura de um telemóvel que funcione. Que receba mensagens, telefonemas. Não precisa de agenda, toques especiais, câmara fotográfica, vídeo, etc.
Dependo de um telemóvel que se ligue do outro lado da linha. Até pode não ter o sistema de som mais fiável. É mesmo só para ouvir a voz. O resto fica sob a responsabilidade da minha imaginação.
Vou até ceder em mais uma especificação: não preciso de ouvir a voz. Basta-me o recibo de recepção das mensagens.
Aqueles telemóveis que não conseguem fazer chamadas nem receber mensagens deviam ser proibidos pelo direito internacional. Fazem-se tantas leis sobre a regulação da vida em sociedade a nível global e permitem-se estas mutações. Sim, porque se trata de mutações dos telemóveis originais, feitos para a comunicação e para a síntese de ideias.
E continuam silenciosos estes telemóveis: não fazem chamadas, nem recepcionam uma mísera e esquálida mensagem.
O que faço eu ao que quero dizer? Abomino estes telemóveis surdos-mudos.
Fica aqui o meu protesto. O protesto da incomunicabilidade. Razão tinha o Bergman: os telemóveis que não recepcionam chamadas de voz ou mensagens criam distúrbios afectivos. Irra que são teimosos.

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