"Faz amor com as tuas convicções...", diz o poeta. E exige um novo canto. Aquele canto que é partilhado com os outros. "A dor ajuda a medir a felicidade...". Acrescenta o poeta, que canta e faz cantar. Assim fala o Joaquim Pessoa. Mas a Amélia dos olhos doces é intransponível. O mundo para aqui mesmo ao lado. Mesmo que existam outros momentos de glória, não têm qualquer importância. E as ruas da minha cidade amanhecem a firmeza de uma ponte entre a saudade e um Abril à portuguesa. As ruas da minha cidade fazem-me sofrer em cada instante. Porque as nossas pequenas paixões morrem todos os dias perante a grandeza dos momentos únicos que vivemos. Irrepetíveis. A grandeza dos justos, dos cravos da eternidade e dos olhos puros.
As lanternas do vento de Álcacer aconteceram naqueles verdes anos e morreram para sempre. Nem consigo fazê-los herdar. É a memória das "dobras do ciúme" de nunca mais as viver. As flores da sepultura são verdes como a loucura. E portanto ficámos sem direito a ser loucos ou cegos. E assistência pode cantar sem ferir o meu pensamento.
Os campos da minha terra já florescem como antigamente. Devia ter fotografado aqueles instantes para ter sempre uma razão para continuar.
As lanternas do vento de Álcacer aconteceram naqueles verdes anos e morreram para sempre. Nem consigo fazê-los herdar. É a memória das "dobras do ciúme" de nunca mais as viver. As flores da sepultura são verdes como a loucura. E portanto ficámos sem direito a ser loucos ou cegos. E assistência pode cantar sem ferir o meu pensamento.
Os campos da minha terra já florescem como antigamente. Devia ter fotografado aqueles instantes para ter sempre uma razão para continuar.
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