A intuição é um fenómeno difícil de conceptualizar. A compreensão directa e imediata de alguma coisa (fenómeno, actividade, objecto, afecto) é a expressão do funcionamento de circuitos cerebrais paralelos e antecipatórios em relação ao processo racional.
Admito que esperamos demais do processo intuitivo. Por vezes, esperamos que altere a sequência racional das coisas ou dos acontecimentos.
Aparentemente não exige muito esforço. Surge subitamente e preenche um vazio ideativo. As pessoas tomam consciência dos actos intuitivos mais simples e dos mais complexos.
O estabelecimento de uma relação afectiva depende da consanguinidade, da amizade ou da paixão. Mas depende fundamentalmente de um processo intuitivo de entendimento do outro. Por isso é muito frágil e indefinido.
As relações afectivas são tanto mais intensas e criadoras quanto mais intuitivas. Também mais dramáticas, limitadas e intempestivas.