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sábado, 25 de novembro de 2006

Ideia platónica

Um dia discutia-se isto de haverem causas para as emoções. O princípio de que o entendimento dos fenómenos e as ideias derivam da racionalidade da actividade humana. Mesmo quando as arestas têm contornos emocionais, existe um princípio racional que as causa ou condiciona.
Contextualizando, as pessoas têm de ter uma boa razão para amarem ou odiarem o(s) outro(s). Depois surge um conceito heterodoxo: para amar não há razões, mas para odiar sim. Dito de outra forma, a emoção positiva pode existir sem referencial cartesiano. Pelo contrário, a emoção negativa exige um referencial preciso e quantificável.
O amor seria assim, uma ideia acima da realidade. O ódio (conceito antagónico) teria limites da ordem do real.
As sociedades ocidentais modernas desvincularam a ligação estrutural entre o amor e o ódio. Também por herança religiosa. O amor não é uma emoção. É uma ideia perfeita, platónica. Erro histórico.

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