A Comissão Europeia recuou na intenção de relegar a língua portuguesa para um plano secundário: sem direito a interpretação simultânea permanente nas conferências de imprensa diárias dos comissários europeus. Contudo, devemos ser justos: a importância do português tem vindo a diminuir nas últimas décadas. Causas económicas, culturais, políticas. Apesar do Prémio Nobel da Literatura.
Mas seria adequado não aceitar esta inevitabilidade histórica: 1) aumentar o nível educacional das nossas crianças; 2) modificar o pensamento colectivo segundo o qual temos os melhores poetas e escritores do mundo ("somos um país de poetas"): erro trágico; 3) modificar a ideia segundo a qual os melhores poetas e escritores portugueses já morreram; 4) "abrir" a língua portuguesa aos enriquecimentos linguísticos dos países de expressão portuguesa; 5) vivemos (para o bem e para o mal) numa sociedade de mercado: a língua portuguesa também é um bem económico.
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